O Buda e a Flecha Envenenada

Buda e a Flecha Envenenada

Era uma vez um homem muito curioso sobre a vida e a natureza da realidade. Ele ouviu falar sobre um Buda e os seus ensinamentos, e decidiu procurá-lo e buscar a iluminação.

Depois de uma longa e árdua jornada, o homem finalmente chegou ao mosteiro do Buda. Aproximou-se do Buda e fez perguntas profundas sobre a existência, a natureza do EU e a vida após a morte. O Buda ouviu pacientemente as perguntas do homem e então respondeu com silêncio.

O silêncio não deixou o homem satisfeito. Ele queria respostas concretas para as suas perguntas e ficou cada vez mais frustrado. Na sua frustração, o homem tirou uma flecha envenenada da sua bolsa e apontou-a para o Buda – “ou me respondes, ou vou atirar” – disse o homem.

Mas o Buda permaneceu calmo e imperturbável. Olhou para o homem, e em respondeu com mais perguntas – “Quem envenenou essa flecha? De que tipo de madeira é feita a haste? E qual é o nome da pessoa que a fez?”

O homem ficou muito intrigado com essas perguntas. “Como é que alguém num momento de vida ou morte pode fazer tais perguntas?” – questionou-se. Tudo o que realmente importava estava ali à sua frente, remover a flecha do arco e salvar a própria vida.

Então o Buda explicou-se. “A vida é como ter sido atingido por uma flecha envenenada. Todos nós experienciamos sofrimento, dor, e incerteza. Em vez de nos preocuparmos obsessivamente com a natureza da existência e a vida depois da morte, devemos nos focar em compreender e terminar a dor que temos no momento presente”we should focus on understanding and ending our suffering in the present moment.”


Este pequeno conto mostra-nos a importância de nos focarmos nos aspecto práticos da vida. Existe espaço para discussões filosóficas, são importantes e têm o seu espaço, mas que nos devemos focar primeiramente com o “agora”. Os ensinamentos do Buda não têm a intenção de nos dar respostas a todas as questões da vida e da metafísica, mas sim nos guiar em direção à paz interior e libertação do sofrimento.

Por isso, mais do que nos enredarmos em debates intelectuais, necessitamos de experiência direta, prática pessoal e auto-realização. Ao vivermos o presente, livres do apego e da aversão, cultivamos a compaixão e sabedoria em cada dia das nossas vidas.