Stress:Vamos descomplicar?

Stress: vamos descomplicar?

Recordo-me de sofrer muito por antecipação durante a minha juventude. Na altura não conseguia entender, nem porque o sentia, nem o que sentia.

Sempre tive bastante facilidade em adquirir conhecimentos mas, durante os exames a ansiedade tomava conta de mim. Até na modalidade desportiva “que amei dia e noite” durante 12 anos, tinha o mesmo comportamento. Enquanto fosse um jogo num qualquer playground, tudo corria perfeito. Era fantástico! Mas quando chegava aos jogos oficiais, nos vários clubes que representei, novamente o mesmo desfecho. E sempre com o “culpado” do costume.

Era estranho porque eu conseguia me divertir e ter resultados, desde que “não fosse a contar”.

Mais tarde, por volta do ano 2010, tive o maior sequestro emocional que alguma vez vivi. Derivado a uma decisão profissional, recebi uma notícia que me fez “cair no poço”. Senti tanto frio como nunca sentira, e tremi descontroladamente, durante horas. A minha esposa tentou me aquecer mas nem o toque reconfortante dela eu senti na minha pele. Deitei-me coberto de roupa e parecia que estava dentro de um frigorifico. De longe, até à data em que escrevo estas palavras, a experiência mais assustadora que alguma vez tive.

O stress não é um tema específico dos tempos modernos, “uma coisa de agora”. É uma reação biológica natural, que nos acompanha e aconselha desde o início da evolução da espécie. Aliás, aparentemente todas as espécies terão uma reação similar, mas mais simplificada. Nós, o Ser Humano, temos o dom de complicar.

É certo que existem muitos registos escritos sobre tentativas de fugir ao stress. Alguns até com milhares de anos. Filósofos, eremitas e pensadores que, ao fugirem do seu quotidiano tiveram tempo para pensar e refletir no tema. A informação existe e está disponível, mas por vezes encontra-se codificada dentro de histórias repletas de metáforas e, nem sempre é fácil aprender com elas. Curiosamente, na minha juventude tive contacto com alguns desses livros, mas nunca consegui retirar as ferramentas necessárias para me auxiliar a conviver com o stress e a ansiedade.

Apesar de não ter tido mais nenhum episódio idêntico, a dúvida se voltaria a viver outra espiral manteve o tema muito próximo de mim. Isso permitiu-me continuar curioso. Continuei a procurar informação, a ler estudos científicos, a estudar livros e a frequentar cursos de desenvolvimento pessoal.

Na minha mais recente perspectiva, compreendi que não necessitamos de renunciar à vida moderna, acelerada e emocionante para viver uma vida “sem stress”. Aceitei o stress como é, pelo que é.

Com este livro, já disponível na Amazon (US, ES, UK, DE, FR), gostaria de te ajudar a encontrar a resposta à questão – quando aceitar ou evitar o stress? – sem que tenhas de levar tanto tempo quanto eu. É importante, o quanto antes, tomar consciência de que a decisão está na tua mão!